05/04/2009

PENSE E ANOTE



PENSE E ANOTE

Se a cólera está alcançando você, reserve algum canto do cérebro em que você consiga pensar.

Qualquer raciocínio rápido lhe trará serenidade para reconhecer a inconveniência da irritação.

Se você pode refletir, perceberá de pronto, que ante a pessoa capaz de desequilibrar-lhe os sentimentos, a possibilidade de auxiliar com mais segurança, está do seu lado.


Se alguém lhe trouxe prejuízos, este alguém começou por lesar a si mesmo.

Se você sofre agressão, o ofensor realmente não sabe que débitos contraiu com isso, sem que haja necessidade de se lhe agravar a situação.Azedume é ambiente para perturbação e enfermidade.

Raiva, em muitos casos, é ponto de apoio a processos obsessivos.Intemperança mental é um espetáculo de fraqueza.

A raiva diminuirá ou extinguirá os seus créditos de confiança.

Em qualquer ocorrência desagradável, pense e acalme-se porque a cólera não auxilia ninguém.


pelo Espírito André Luiz - Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

VER E OUVIR...(André LuiS )





A visão e a audição devem ser educadas, tanto quanto as palavras e as maneiras.

Em visita ao lar de alguém, aprendamos a agradecer o carinho do acolhimento sem nos determos em possível confusão  do ambiente.

Se ouvimos alguma frase imperfeitamente burilada na voz de pessoa amiga, apreciemos a intenção e o sentimento, na elevação em que se articula, sem anotar-lhe o desalinho gramatical.

Veja com bondade e ouça com lógica. Saibamos ver os quadros que nos cercam, sejam eles quais forem, sem sombra de malícia a denegrir  o pensamento.

Registrando anedotas inconvenientes, em torno de acontecimentos e pessoas, tenhamos suficiente coragem de acomodá-las no arquivo do silêncio.

Toda impressão negativa ou maldosa que se transmite aos amigos, em forma de confidência, é o mesmo que propinar-lhes veneno através dos ouvidos.

Em qualquer circunstância, é preciso não esquecer que podemos ver e ouvir para compreender e auxiliar.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Sinal Verde, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Antes que eles cresçam



Há um período em que os pais vão ficando órfãos
de seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós,
como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e,
às vezes com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira,
crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e
dizem uma frase com tal maneira que você sente
não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela
danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia,
as festinhas de aniversário com palhaços e o
primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência
orgânica e desobediência civil. E você está agora ali,
na porta da discoteca, esperando que ela não apenas
cresça, mas apareça...
Ali estão muitos pais ao volante,
esperando que eles saiam esfuziantes
e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas,
lá estão nossos filhos com uniforme de sua geração.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar,
apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias,
e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e
aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos
que não se repitam.
Há um período em que os pais vão ficando
um pouco órfãos dos filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das
discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês,
da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante
de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama
deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando
conversas e confidências entre os lençóis da infância,
e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos,
posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping,
não lhes demos suficientes hamburgueres e refrigerantes,
não lhes compramos todos os sorvetes e roupas
que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos
neles todo o nosso afeto.
No princípio iam à casa de praia entre embrulhos,
engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.
Sim havia as brigas dentro do carro, a disputa
pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar
com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento,
pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão
que sempre desejaram, mas, de repente,
morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar
de longe torcendo e rezando muito para que
eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado,
não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e
distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade
de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.



Affonso Romano de Sant'Anna








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