19/09/2009

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ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO


As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades. Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras.
No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.
É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece. É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.
É elegante não ficar espaçoso demais. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, cargo e jóias não substituem a elegância do gesto. Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.
Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.
É ser amigo sem conivência negativa.
Ser sincero sem agressividade.
É ser humilde sem relaxamento.
Ser cordial sem fingimento.
É ser simples com sobriedade.
É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.
É superar dificuldades com fé e coragem.
É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.
Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.
Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados, é preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.
Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade. A verdadeira elegância é a do caráter, porque procede da essência do ser. 

Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base em mensagem de
Martha Medeiros, encontrável no site:
www.nuraferretsilveira.hpg.ig.com.br/elegancia.html.

 

DEPRESSÃO





Desde os mais recuados tempos da história da humanidade, encontramos a presença da depressão, demonstrando a existência deste transtorno emocional entre indivíduos das mais variadas condições sociais e culturais.

Encontramos na Bíblia os primeiros registros da existência do tormento depressivo - conhecido na Antigüidade como melancolia - quando vemos que o rei Saul, era tomado por regulares crises emocionais, trafegando entre a tristeza e a exaltação, em nítidos comportamentos de depressão bipolar.

Eram os cânticos de Davi e a harmoniosa melodia de sua harpa que tranqüilizavam o rei hebreu. Nos deparamos aí com o primeiro registro da musicoterapia aplicada.

Também no Livro de Jó, vemos mais ostensivamente as manifestações e conseqüências do distúrbio depressivo.

Jó que viveu nas extensões da riqueza e da miséria, temente a Deus, íntegro e reto, se vê mergulhado em provações e aflições das mais diversas, apresentando sua alma absorvida pela descrença, tédio e sofrimento:

"Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz" Jó (3:3-4)

"A minha alma tem tédio à minha vida; darei livre curso à minha queixa, falarei com amargura da minha alma" Jó (10:1)

Hipócrates, o pai da medicina grega, 400 A.C. já detectava em seus pacientes a predisposição à melancolia, identificando- os com uma tristeza profunda e inexplicada.

Em 200 A.C., Galeno, também médico grego, aponta a causa da melancolia como sendo o resultado do desequilíbrio dos quatro humores: sangue, bílis amarela, bílis negra e fleuma, tidos naquela época como os responsáveis pela integridade da saúde dos indivíduos.

No séc. IV, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto teria escrito uma relação com os oito maiores vícios humanos, incluindo a acédia ou acídia (enfraquecimento da vontade; inércia, apatia) nesta lista. Dois séculos mais tarde, o Papa Gregório I, ocidentalizava a lista, definindo os 7 pecados capitais e trocando a acédia pela melancolia - os religiosos eram arrebatados por uma tristeza intensa, incapazes de enfrentar as vicissitudes circundantes às suas existências, ameaçando de alguma forma, a estrutura clerical predominante, através de posturas provenientes de "assédios demoníacos". Somente no séc. XVII, a melancolia é removida da lista, por apresentar uma conceituação vaga e abstrata, sendo substituída então pela preguiça.

É apenas no séc. XVI que iniciam-se novas tentativas de melhor definir estes estados melancólicos; a palavra depressão vai surgir pela primeira vez, na literatura médica, no final do séc. XVII.

Fortalecem-se, desde então, as concepções de que cérebro é o responsável pelos distúrbios perturbadores.

A ciência estabelece novas conquistas no estudo deste órgão, bem como sua fisiologia, estrutura biológica, suas células nervosas, reações eletro-químicas, neurocomunicaçõ es, sinapses etc; o que faz que a década entre 1990 e 2000, seja proclamada pelo presidente americano G.W. Bush como a Década do Cérebro, atendendo ao anseio da comunidade científica internacional.

OS NÚMEROS DA DEPRESSÃO

O Relatório Anual de Saúde de 2001, publicado pela OMS foi totalmente dedicado à saúde mental e traz como título: SAÚDE MENTAL: NOVA CONCEPÇÃO, NOVA ESPERANÇA.

Os números ali divulgados fornecem estatísticas alarmantes sobre a depressão e outros distúrbios mentais.

Tais informações têm feito com que as comunidades médica, científica, religiosa e estudiosos sobre o assunto, busquem soluções e abordagens conjuntas na identificação e tratamento dos males decorrentes dos distúrbios mentais.

O estudo conclui que hoje a depressão é a quarta causa de incapacitação no mundo e que até 2020 será a segunda, atrás apenas das doenças cardíacas.

As estatísticas estimam que aproximadamente 125 milhões de pessoas no mundo sejam vítimas da depressão e que de 10% a 15% dos deprimidos tentam suicídio. Do total de um milhão de pessoas que se matam anualmente, 60% delas são portadoras de depressão ou esquizofrenia.

Quem já apresentou um episódio de depressão no passado corre um risco 50% maior de repeti-lo novamente; caso tenha tido dois casos, a probabilidade da doença voltar sobe para 90%.

A depressão e a ansiedade são responsáveis pela metade das doenças mentais existentes no mundo.

Pessoas que sofrem de depressão tem risco três vezes maior de desenvolver a doença de Parkinson.

Nos Estados Unidos, há 25 milhões de pessoas que sofrem de depressão crônica.

No Brasil, uma pesquisa iniciada em maio de 2005 e ainda não concluída, coordenada pela psiquiatra e pesquisadora da Universidade de São Paulo, Prof. Drª Laura Andrade, demonstra pelos seus primeiros resultados que cerca de 40% dos 3.000 entrevistados na Grande SP, apresentam algum tipo de transtorno, não se podendo identificar se leve, moderado ou grave. Há uma estimativa de que 10% necessitem de tratamento adequado.

O Ministério da Saúde estima que 3% da população (mais que 5,2 milhões de pessoas) sofram de transtornos mentais.

A depressão também pode ter causas hereditárias e filhos com um dos pais depressivos podem apresentar 30% de probabilidade de ter a doença, este percentual sobe para 70% quando pai e mãe sofrem do distúrbio.

Diante de tais estatísticas, o estudo da depressão, suas causas, conseqüências e tratamentos tornam-se vitais para minimizar o problema nos próximos anos.

O QUE É A DEPRESSÃO, SUAS CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS

A depressão é conceituada cientificamente como uma perturbação do humor ou um desequilíbrio afetivo, podendo-se prolongar por tempo indeterminado, situando o portador da doença num estado emocional de profunda tristeza e descrença, alienando-o da realidade vivencial e induzindo-o a comportamentos letárgicos, gerando sofrimentos diversos e regular descontrole perante sua "vontade de viver".

Pode ser dividida em depressão primária - quando a doença não depende de fatores causais para surgir, sendo em si mesma causa e efeito – e depressão secundária, quando decorre de um fator causal, podendo ser, por exemplo, uma outra doença grave resultando ao paciente ficar deprimido.

Sua natureza, segundo o psiquiatra alemão, Emil Kraepelin, pode ser classificada como unipolar, menos grave, mais simples e rápida e bipolar, quando responsável pelas associações maníacas e extremos do humor.

Todos estamos suscetíveis às variações de humor e alternância natural de nossos estados emocionais.

Sentimentos como tristeza e nostalgia, aborrecimentos ou mágoas, são relativamente normais no nosso estágio evolutivo, desde que sejam sentimentos passageiros e que não impeçam a "normalidade" do dia-a-dia.

A perda de entes queridos, por exemplo, naturalmente nos provoca um estado de tristeza e saudosismo; todavia, caso estes sentimentos se prolonguem durante mais de seis semanas, podemos estar diante de um quadro depressivo patológico, exigindo tratamento especializado.

De uma maneira geral, podemos identificar os principais sintomas da depressão como sendo: manifestação de tristeza constante, abatimento moral, desinteresse nas atividades que antes proporcionavam prazer, desânimo e apatia, insônia ou aumento do sono, falta de alegria, de apetite, de realizar pequenas e simples tarefas, diminuição geral do nível de energia e entusiasmo.

Fatores diversos podem ser responsáveis pelo desencadeamento do transtorno depressivo e são classificados em dois grupos: fatores exógenos ou externos e fatores endógenos ou internos.

Como principais fatores externos, encontramos o conjunto de situações vivenciadas - absorvidas do exterior para o interior - que provocam algum tipo de desequilíbrio emocional do indivíduo, tais como: necessidades psico-sociais, relacionamentos afetivos difíceis, uso de substâncias entorpecentes, alcoolismo, perdas reais ou simbólicas etc.
Já os fatores endógenos ou internos são aqueles originados de disfunções orgânicas diversas, inclusive as genéticas, restringindo- se à natureza fisiológica; além naturalmente das origens e aspectos espirituais.

A neurociência identificou a serotonina e a noradrelanina como as duas principais substâncias da afetividade.

Estes responsáveis químico-cerebrais pela sensação de bem-estar quando abaixo dos níveis exigidos pelo organismo podem acarretar o desenvolvimento da depressão; felizmente, a farmacologia em particular, já é capaz de sintetizar tais substâncias – antidepressivos – facilitando as neurocomunicaçõ es e regulando os níveis destes elementos.

É importante observarmos que as causas para os transtornos depressivos são bastante variadas e evidentemente dependerão exclusivamente da natureza íntima de cada indivíduo, bem como de seu estado de saúde física, emocional e mental.

Resumidamente, apresentamos um quadro geral das principais causas que podem levar o indivíduo a desenvolver desequilíbrios afetivos:

O comprometimento do sistema imunológico é o reflexo imediato da depressão. O desequilíbrio existente entre a mente e o corpo, desencadeará a desarmonia no sistema de autodefesa do organismo, promovendo gradativamente estados enfermiços em diversos órgãos. Natural, desta forma, o desenvolvimento de enfermidades orgânicas, a depender do estado de saúde e gravidade do transtorno depressivo.

Distúrbios digestivos, úlceras, disritmia cardíaca, problemas hepáticos, disfunções intestinais, manifestações cancerígenas, estados degenerativos graves, infecções, alergias, problemas de pressão entre outras poderão estar presentes nos quadros enfermiços da doença mental.

A conseqüência mais terrível da depressão, contudo, ainda é o suicídio.

Este lamentável equívoco que muitos depressivos se utilizam é o ato extremado de livrarem-se da desesperação e angústia provocadas pela doença. Na tentativa de fugir dos males que considera invencíveis, o depressivo aniquila a vida orgânica; não para se matar, mas para se ver livre da dor, dos problemas, dos estados patogênicos da doença.

Entretanto, a Doutrina Espírita demonstra que o suicida acaba sendo impelido a situações ainda mais agravantes e sofríveis, comprometendo encarnações futuras e entregando-se a dores e lamentações. O depressivo entrega-se ao suicídio, acreditando que o fracasso é inevitável e de conseqüência natural. 



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