22/12/2009

O QUE É O NATAL

Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo.

Que é o Natal? Perguntava-me, em silêncio.

Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.

E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.

E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso.

Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras.

Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.

Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? Perguntava-me, com tristeza. E por que a polícia trabalha no Natal?

E eu, menino, entendia que não devia ser assim...

Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus.

Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram?

Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.

Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento...

E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem...

Era um belo homem...

Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho.

Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me:

Olá, menino!

Oi!... respondi, meio tímido.

E, com grande admiração, vi-o acomodar-se a meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.

Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:

Que é o Natal?

Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:

Meu aniversário.

Como assim? Perguntei, percebendo que ele estava sozinho.

Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares?

E ele me disse: Esta é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.

E eu, menino, não compreendi.

Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino.

Não conheço você! eu disse.

É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo...

Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.

Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...

Neste momento, estou com você! Respondeu-me, com um sorriso.

E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.

A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu.

E conversamos... Eu, menino, e ele.

E ele me falava, e eu O entendia. E eu O sentia. E eu O amava...

Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!...

E eu, menino, sorri...

Quando a madrugada chegou e, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, Ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.

Abracei-O pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário!

Ele ergueu-me no ar, com Seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me:

Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade. E tenha um feliz Natal!

E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-O, levando-O para sempre no mais íntimo do coração...

E saí em busca de braços que aceitassem os meus...

E eu, menino, nunca mais O vi. Mas fiquei com a certeza de que Ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal...

E eu, menino, sorri... pois agora eu sei que Ele é Jesus... E é por causa Dele que existe o Natal.


 

Encantos e Paixões

 

Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés
de uma pessoa mais velha;
que ter uma criança adormecida nos braços
é um dos momentos mais pacíficos do mundo;
que ser gentil é mais importante do que estar certo;

que nunca se deve negar um presente a uma criança;
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender;

que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão
nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas
para mim quando me tornei adulto;

que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

que dinheiro não compra "classe";

que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?

que ignorar os fatos não os altera;

que quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

que a maneira mais facil para eu crescer como pessoa
é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

que ninguem é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.

que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar;

que devemos sempre ter palavras doces e gentis
pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

que não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito;

que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

que só se deve dar conselho em duas ocasiões:
quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer.    

William Shakespeare - Encantos e Paixões®

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