05/05/2010

ROTEIRO JUVENIL



        
Emmanuel
 



Meu jovem amigo,


A mocidade cristã é primavera bendita de luz, anunciando o aperfeiçoamento da Terra.


Aceita, com ânimo firme, o roteiro que o Mestre Divino nos oferece.


Coração terno.


Consciência limpa.


Mente pura.


Sentimento nobre.


Conduta reta.


Atitude valorosa.


Disposição fraternal.


O coração aberto às sugestões do bem aclara a consciência, dilatando-lhe a grandeza.


A consciência sem mancha ilumina a mente, renovando-lhe o poder.


A mente purificada sublima o sentimento, elevando-lhe as manifestações.


O sentimento enobrecido orienta a conduta, mantendo-a nos caminhos retos.


A conduta irrepreensível determina a atitude valorosa no desempenho do próprio dever e no trabalho edificante.


O gesto louvável conduz à fraternidade, em cujo clima conquistamos a compreensão, o progresso e o mérito.


Coração aberto à influência de Jesus para enriquecer a vida...


Disposição fraternal de servir incessantemente às criaturas, para que o amor reine, soberano...


Eis, meu amigo, em suma, o roteiro juvenil com que a mocidade cristã colaborará no aprimoramento do mundo.






Que o Senhor nos abençoe,


Emmanuel.


(Do livro "Correio Fraterno", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, Espíritos Diversos)




Realização:
Campanha: 2010 - Evangelizando Corações

Instituto André Luiz







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EVANGELHO E EXCLUSIVISMO







"Jesus não hostiliza, não guerreia, não condena, não critica, combate o mal e dá-se a todos. A intolerância jamais compareceu ao seu lado, na propagação da Boa Nova..."










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EVANGELHO E EXCLUSIVISMO


Emmanuel






Quase todos os santuários religiosos divididos entre si, na esfera dogmática, isolam-se indebitamente, disputando privilégios e primazias. E até mesmo nos círculos da atividade cristã, o espírito de exclusivismo tem dominado grupos de escol, desde os primeiros séculos de sua constituição.


Em nome do Cristo, muitas vezes a tirania política e o despotismo intelectual organizaram guerras, atearam fogueiras, incentivaram a perseguição e entronizaram a morte.


Pretendendo representar o Mestre, que não possuía uma pedra onde repousar a cabeça dolorida, o Imperador Focas estabelece o Papado, em 607, exalçando a vaidade romana. Supondo agir na condição de seus defensores, Godofredo de Bulhão e Tancredo de Siracusa organizam, em 1096, um exército de 500.000 homens e estimulam conflitos sangrentos, combatendo pela reivindicação de terras e relíquias que recordam a divina passagem de Jesus pela Terra. Acreditando preservar-lhe os princípios salvadores, Gregório IX, em 1231, consolida o Tribunal da Inquisição, adensando a sombra e fortalecendo criminosas flagelações, no campo da fé religiosa. Convictos de garantir-lhe a Doutrina, os sacerdotes punem com o suplício e com a morte valorosos pioneiros do progresso planetário, quais sejam Giordano Bruno e João Huss.


Semelhantes violências, todavia, não passam de manifestações do espírito belicoso que preside as inquietudes humanas. Cristo nunca endossou o dogmatismo e a intransigência por normas de ação.


Afirma não haver nascido par destruir a Lei Antiga, mas para dar-lhe fiel cumprimento.


Não hostiliza senão a perversidade deliberada.


Não guerreia.


Não condena.


Não critica.


Combate o mal, socorrendo-lhe as vítimas.


Dá-se a todos.


Ensina com paciência e bondade o caminho real da redenção.


Começa o ministério da palavra, conversando com os doutores do Templo, e termina o apostolado, palestrando com os ladrões.


A ninguém desdenha e os transviados infelizes lhe merecem mais calorosa atenção.


Prepara o espírito dos pescadores para os grandes cometimentos do Evangelho, com admirável confiança e profunda bondade, sem exigir-lhes qualquer atestado de pureza racial.


Auxilia mulheres desventuradas, com serenidade e desassombro, em contraposição com os preconceitos do tempo, trazendo-as, de novo, à dignidade feminina.


Não busca títulos e, sim, inclina-se, atencioso, para os corações.


Nicodemos, o mestre de Israel, e Bartimeu, o cego desprezado, recebem dEle a mesma expressão afetiva.






A intolerância jamais compareceu ao lado de Jesus, na propagação da Boa Nova.






O isolacionismo orgulhoso, na esfera cristã, é simples criação humana, fadado naturalmente a desaparecer, porque, na realidade, nenhuma doutrina, quanto o Cristianismo, trouxe, até agora, ao mundo atormentado e dividido os elos de amor e luz da verdadeira solidariedade.






(Do livro "Roteiro", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)






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Realização:
Campanha: 2010 - Evangelizando Corações





Instituto André Luiz






ALZHEIMER: DICAS PRA FUGIR DESTE MAL



"A cada minuto de tristeza perdemos a oportunidade de sermos felizes por 60 segundos."
O que fazer para evitarmos o mal de Alzheimer?
Ler muito, escrever, buscar a clareza das idéias, criar novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.

Meu conselho: não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia,principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.
Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades:
7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum... Preocupante) .
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse "melhor morrer de vodca do que de tédio", eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.


Dicas para escapar do Alzheimer:


Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.


Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios.


Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.




Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando- se na tarefa
.
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste:


- use o relógio de pulso no braço direito;


- escove os dentes com a mão contrária da de costume;


- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);


- vista-se de olhos fechados;


- estimule o paladar, coma coisas diferentes;


- veja fotos de cabeça para baixo;


- veja as horas num espelho;


- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!

Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
Vale a pena tentar!


Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
Que tal começar agora enviando esta mensagem, usando o mouse com a


mão esquerda?




Roberto Goldkorn


Psicólogo e escritor


Pensamento-Reflexão

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.







Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade.






Rui Barbosa

Religião é motivo de briga?

Religião é motivo de briga?

Frei Betto
Tem gente que briga por qualquer coisa: um pedaço de bolo, um lugar na mesa e até para poder ver TV fora de hora. O bicho homem e o bicho mulher são muito briguentos. Brigam por inveja, ambição ou disputa, como galinhas que bicam a mesma minhoca ou cães que mordem um único osso.

Os animais brigam por instinto. O ser humano por egoísmo ou para conquistar um direito. Muitas vezes um desejo egoísta é confundido com direito. Foi o caso dos portugueses ao desembarcarem no Brasil, em 1500. O rei de Portugal queria engordar de terras o seu país, até formar um império. Julgou-se no direito de ficar dono deste Brasil que já tinha dono: os povos indígenas.

O mundo será melhor quando não houver brigas. Mas, para isto, é preciso, primeiro, haver justiça. Não é bom quando reina paz na família? Deus é amor. Para nos ensinar a amar, Ele inspirou o aparecimento das religiões. Deus mesmo não tem religião e Ele pode ser encontrado através de todas elas.

A palavra religião vem do verbo religar, atar os laços que unem a pessoa a Deus, a seus semelhantes e à natureza. Assim como a água toma o formato da garrafa que a contém, as religiões trazem marcas das culturas em que nasceram. Aos poucos, elas ganharam novos fiéis, superaram as fronteiras de seus países de origem e espalharam-se pelo mundo.

Ao longo dos séculos houve muitas brigas entre pessoas que professavam diferentes religiões. Muitas vezes, nem eram por razões religiosas, e sim políticas e econômicas, como foi o caso dos cristãos europeus que, interessados em conquistar a África, combateram as religiões dos povos negros.

Brigas dentro de uma mesma religião deram origem a outras. Foi o caso do Cristianismo, que nasceu como um galho cortado do tronco do Judaísmo. Jesus era judeu e freqüentava a sinagoga. Por não ser reconhecido pelos judeus como o Messias enviado por Deus, Jesus acabou fundando outra religião, a cristã.

Dentro do Cristianismo houve muitos desentendimentos, fazendo com que ele se divida, hoje, em três confissões: a católica, a ortodoxa e a protestante ou evangélica. Todos aqueles que comungam uma mesma fé ou maneira de crer em Deus julgam que a sua religião, confissão religiosa ou Igreja é a única verdadeira.

Todas as religiões ensinam o amor como a atitude que nos aproxima mais de Deus e de nossos semelhantes. Ora, quem ama é tolerante, sabe compreender e perdoar. Assim, todos nós devemos levar a sério a religião que abraçamos e, ao mesmo tempo, manter profundo respeito frente às religiões diferentes da nossa.

É isso que se chama ecumenismo: saber conviver com as religiões, confissões religiosas e Igrejas diferentes da nossa. Um grande ato ecumênico ocorreu em S. Paulo no dia 15 de novembro último: Fé no Voluntariado. Mais de 50 denominações religiosas celebraram, no estádio da Portuguesa, sua disposição de promover o trabalho voluntário. Ali todos se abraçaram: católicos e evangélicos, judeus e muçulmanos, espíritas e afrobrasileiros, budistas e mórmons.

Fala-se muito, hoje, em "fundamentalismo religioso". Fundamentalistas são aqueles que consideram que a sua maneira de entender uma religião é a única certa, e que todas as outras maneiras, bem como as demais religiões, devem ser combatidas. Isso é tão absurdo como pensar que a língua que falo é a única que expressa o verdadeiro sentido das palavras.

Fazer da religião motivo de briga é dar as costas para Deus. Quem é fiel a Deus reconhece no seu próximo, ainda que ele seja ateu (= aquele que nega a existência de Deus), uma pessoa criada à imagem e semelhança divinas. Todas as religiões se resumem num único mandamento: amar.
Muita paz em nós.

ENQUANTO BRILHA O AGORA

 
"Enquanto os talentos do mundo vos favorecem, fazei o melhor que puderdes, porque, provavelmente, amanhã... quem sabe?..."


ENQUANTO  BRILHA  O  AGORA
Emmanuel
Atendei, enquanto é hoje, aos enigmas que vos torturam a mente...
Enquanto a Lei vos faculta a bênção do agora, extirpai do campo de vossa vida os vermes da inimizade, os pântanos da preguiça, os espinheiros do ódio, a venenosa erva do egoísmo e o pedregulho da indiferença, cultivando, com a segurança possível, a lavoura da educação, as árvores do serviço, as flores da simpatia e os frutos da caridade.
Enquanto os talentos do mundo vos favorecem, fazei o melhor que puderdes, porque, provavelmente, amanhã... quem sabe?
Amanhã, talvez, os problemas aparecerão mais aflitivos.
Os dias modificados. ..
As oportunidades perdidas...
As provas imprevistas. ..
Os ouvidos inertes...
Os olhos em plena sombra...
A língua muda...
As mãos mirradas...
Os pés sem movimento...
A cabeça incapaz...
A carência de tempo...
A visita da enfermidade. ..
A mensagem da morte...
Despertai as energias mais profundas, enquanto permaneceis nas linhas da experiência física, entesourando o conhecimento e o mérito, através do estudo e da ação que vos nobilitem as horas, porque, possivelmente, amanhã, as questões surgirão mais complexas.
Não nos esqueçamos de que os princípios de correspondência funcionam exatos.
Sementeira do bem - colheita de felicidade.
Dever irrepreensivelmente cumprido - ascensão aberta.
Trabalho ativo - progresso seguro.
Cooperação espontânea - auxílio pronto.
Busquemos o melhor para que o melhor nos procure.
Tendes convosco o solo precioso fecundado pela chuva de bênçãos. Utilizemo-lo, assim, na preparação do grande futuro, recordando advertência do nosso Divino Mestre: - "Avançai, valorosos, enquanto tendes luz."
(Do livro "Vozes do Grande Além", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, Espíritos Diversos)
(Reunião da noite de 24 de junho de 1956 - Mensagem Psicofônica)


Instituto André Luiz

A FÉ, ESPERANÇA E CONSOLAÇÕES



"Efetivamente, o que poderemos temer, quando sabemos que a alma é imortal e quando, após os cuidados da vida, além da noite sombria em que tudo parece afundar-se, vemos despontar a suave claridade dos dias infindáveis?..."



A FÉ, ESPERANÇA E CONSOLAÇÕES
Leon Denis
A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita Potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
Ninguém adquire essa fé sem ter passado pelas tribulações da dúvida, sem ter padecido as angústias que embaraçam o caminho dos investigadores. Muitos param em esmorecida indecisão e flutuam longo tempo entre opostas correntezas. Feliz quem crê, sabe, vê e caminha firme. A fé então é profunda, inabalável, e habilita-o a superar os maiores obstáculos. Foi neste sentido que se disse que a fé transporta montanhas, pois, como tais, podem ser consideradas as dificuldades que os inovadores encontram no seu caminho, ou seja, as paixões, a ignorância, os preconceitos e o interesse material.
Geralmente se considera a fé como mera crença em certos dogmas religiosos, aceitos sem exame. Mas a verdadeira fé está na convicção que nos anima e nos arrebata para os ideais elevados. Há a fé em si próprio, em uma obra material qualquer, a fé política, a fé na pátria. Para o artista, para o pensador, a fé é o sentimento do ideal, é a visão do sublime fanal aceso pela mão divina nos alcantis eternos, a fim de guiar a Humanidade ao Bem e à Verdade.
É cega a fé religiosa que anula a razão e se submete ao juízo dos outros, que aceita um corpo de doutrina verdadeiro ou falso, e dele se torna totalmente cativa. Na sua Impaciência e nos seus excessos, a fé cega recorre facilmente à perfídia, à subjugação, conduzindo ao fanatismo. Ainda sob este aspecto, é a fé um poderoso incentivo, pois tem ensinado os homens a se humilharem e a sofrerem. Pervertida pelo espírito de domínio, tem sido a causa de muitos crimes, mas, em suas conseqüências funestas, também deixa transparecer suas grandes vantagens.
Ora, se a fé cega pôde produzir tais efeitos, que não realizará a fé esclarecida pela razão, a fé que julga, discerne e compreende? Certos teólogos exortam-nos a desprezar a razão, a renegá-la, a rebatê-la. Deveremos por isso repudiá-la, mesmo quando ela nos mostra o bem e o belo? Esses teólogos alegam os erros em que a razão caiu e parecem, lamentavelmente, esquecer que foi a razão que descobriu esses erros e ajudou-nos a corrigi-los.
A razão é uma faculdade superior, destinada a esclarecer-nos sobre todas as coisas. Como todas as outras faculdades, desenvolve-se e engrandece pelo exercício. A razão humana é um reflexo da Razão eterna. É Deus em nós, disse São Paulo. Desconhecer-lhe o valor e a utilidade é menosprezar a natureza humana, é ultrajar a própria Divindade. Querer substituir a razão pela fé é ignorar que ambas são solidárias e inseparáveis, que se consolidam e vivificam uma à outra. A união de ambas abre ao pensamento um campo mais vasto: harmoniza as nossas faculdades e traz-nos a paz interna.
A fé é mãe dos nobres sentimentos e dos grandes feitos. O homem profundamente firme e convicto é Imperturbável diante do perigo, do mesmo modo que nas tribulações. Superior às lisonjas, às seduções, às ameaças, ao bramir das paixões, ele ouve uma voz ressoar nas profundezas da sua consciência, instigando-o à luta, encorajando-o nos momentos perigosos.
Para produzir tais resultados, necessita a fé repousar na base sólida que lhe oferecem o livre exame e a liberdade de pensamento. Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-lhe reconhecer tão-somente princípios decorrentes da observação direta, do estudo das leis naturais. Tal é o caráter da fé espírita.
A filosofia dos Espíritos vem oferecer-nos uma fé racional e, por isso mesmo, robusta. O conhecimento do mundo invisível, a confiança numa lei superior de justiça e progresso imprime a essa fé um duplo caráter de calma e segurança.
Efetivamente, que poderemos temer, quando sabemos que a alma é imortal e quando, após os cuidados e consumições da vida, além da noite sombria em que tudo parece afundar-se, vemos despontar a suave claridade dos dias infindáveis?
Essencializados da idéia de que esta vida não é mais que um instante no conjunto da existência integral, suportaremos, com paciência, os males inevitáveis que ela engendra. A perspectiva dos tempos que se nos abrem dar-nos-á o poder de dominar as mesquinharias presentes e de nos colocarmos acima dos vaivens da fortuna. Assim, sentir-nos-emos mais livres e mais bem armados para a luta.
O espírita conhece e compreende a causa de seus males; sabe que todo sofrimento é legítimo e aceita-o sem murmurar; sabe que a morte nada aniquila, que os nossos sentimentos perduram na vida de além-túmulo e que todos os que se amaram na Terra tornam a encontrar-se, libertos de todas as misérias, longe desta lutuosa morada; conhece que só há separação para os maus. Dessas crenças resultam-lhe consolações que os indiferentes e os cépticos ignoram. Se, de uma extremidade a outra do mundo, todas as almas comungassem nessa fé poderosa, assistiríamos à maior transformação moral que a História jamais registrou.
Mas essa fé, poucos ainda a possuem, O Espírito de Verdade tem falado à Terra, mas insignificante número o tem ouvido atentamente. Entre os filhos dos homens, não são os poderosos os que o escutam, e, sim, os humildes, os pequenos, os deserdados, todos os que têm sede de esperança. Os grandes e os afortunados têm rejeitado os seus ensinos, como há dezenove séculos repeliram o próprio Cristo. Os membros do clero e as associações sábias coligaram-se contra esse “desmancha-prazeres”, que vinha comprometer os interesses, o repouso e derruir-lhes as afirmações. Poucos homens têm a coragem de se desdizerem e de confessarem que se enganaram. O orgulho escraviza-os totalmente! Preferem combater toda a vida esta verdade ameaçadora que vai arrasar suas obras efêmeras. Outros, muito secretamente, reconhecem a beleza, a magnitude desta doutrina, mas se atemorizam ante suas exigências morais. Agarrados aos prazeres, almejando viver a seu gosto, Indiferentes à existência futura, afastam de seus pensamentos tudo quanto poderia induzi-los a repudiar hábitos que, embora reconheçam como perniciosos, não deixam de ser afagados. Que amargas decepções irão colher por causa dessas loucas evasivas!
A nossa sociedade, absorvida completamente pelas especulações, pouco se preocupa com o ensino moral. Inúmeras opiniões contraditórias chocam-se; no meio desse confuso turbilhão da vida, o homem poucas vezes se detém para refletir.
Mas todo ânimo sincero, que procura a fé e a verdade, há de encontrá-la na revelação nova. Um influxo celeste estender-se-á sobre ele a fim de guiá-lo para esse sol nascente, que um dia Iluminará a Humanidade Inteira.
LEON DENIS, do livro "Depois da Morte", 44


Realização:
Instituto André Luiz

Renovando atitudes




Renovando atitudes
Hamed
(...) Em todo o comportamento humano existe uma lógica, isto é, uma maneira particular de raciocinar sobre sua verdade, portanto, julgar, medir e sentenciar os outros, não se levando em conta suas realidades; mesmo sendo consideradas preconceituosas, neuróticas ou psicóticas, isso é não ter bom senso ou racionalidade, pois, na vida, somente é válido e possível o "autojulgamento" .
Não obstante, cada ser humano descobre suas próprias formas de encarar a vida, pois cada um tende a usar suas oportunidades vivenciais, para tornar-se tudo aquilo que o leva a ser um "eu individualizado" .
Devemos reavaliar nossas idéias retrógradas, que estreitam nossa personalidade e, a partir de então, julgar os indivíduos de forma não generalizada, apreciando suas singularidades, pois cada pessoa tem uma consciência própria e diversificada das outras tantas consciências Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso não devo julgar a pessoa prostituída. Se, no entanto, usarmos da empatia, colocando-nos no lugar do outro, "sentindo e pensando com ele", em vez de "pensar a respeito dele", teremos o comportamento ideal frente aos atos e atitudes das pessoas.
Segundo Paulo de Tarso, "é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque, julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento"( 1).
O "Apóstolo dos Gentios" manifesta-se claramente, evidenciando nessa afirmativa que todo comportamento julgador estará, na realidade, estabelecendo não somente uma sentença, ou um veredicto, mas, ao mesmo tempo, um juízo, um valor, um peso e uma medida de como julgaremos a nós mesmos.
Essencialmente, tudo aquilo que decretamos ou sentenciamos tornar-se-á nossa "real medida": de como iremos viver com nós mesmos e com os outros.
O ser humano é um verdadeiro campo magnético, atraindo pessoas e situações, as quais se sintonizam com seu mundo mental, ou mesmo antipatizam com sua maneira de ser. Desta forma, nossas afirmações prescreverão as águas por onde a embarcação de nossa vida deverá navegar. (...)

(Trecho extraído do livro Renovando Atitudes)

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