12/11/2010

PERANTE A CONSCIÊNCIA

** A Consciência Divina irriga-me com paz.   Os meus equívocos são elucidados, e acalmo-me, considerando as imensas possibilidades de equilíbrio que estão ao meu alcance. Diante de mim o presente, elaborando o futuro. O passado são as lições aprendidas e as vantagens do conhecimento servindo-me de suporte parta o crescimento interior.   Confio e renovo-me,  tranqülizando-me  no Bem.** 


Entre os flagelos íntimos que vergastam o ser humano, produzindo inomináveis
aflições, a consciência de culpa ganha destaque.
Insidiosamente instala-se e, qual ácido destruidor, corrói as engrenagens da
emoção, facultando a irrupção de conflitos que enlouquecem.
Decorrente da insegurança psicológica no julgamento das próprias ações, abre
um abismo entre o que se faz e o que se não deveria haver feito, supliciando,
com crueza, aquele que lhe sofre a pertinaz perseguição.
Considerando a própria fragilidade, o indivíduo se permite comportamentos
 incorretos que lhe agradam às sensações, para, logo cessadas, entregar-se ao
 arrependimento autopunitivo, com o qual pretende corrigir a insensatez.
De imediato, assoma-lhe a consciência de culpa, que o perturba.
Perversamente, ela pune o infrator perante si mesmo, porém, não altera
o rumo da ação desencadeada, nem corrige aquele a quem fere. Ao contrário,
não obstante cobradora inclemente, desenvolve mecanismos inconscientes
de novos anseios, repetidas práticas e sempre mais rigorosa punição...
Atavismo de comportamentos religiosos, morais e sociais hipócritas, que não
hesitavam em fazer um tipo de recomendação com diferente ação, deve ser eliminada
com rigor e imediatamente.
O que fizeste, não mais podes impedir ou evitar.
Disparado o dardo, ele segue o rumo.
Avaliza, desse modo, seus efeitos e repara-os, quando negativos.
Se a tua foi uma ação reprochável, corrige-a, logo possas, mediante
novas atividades reparadoras.
Se resultou em conflito pessoal a tua atitude, que não corresponde ao que
crês, como és, treina equilíbrio e põe-te em vigília.
Fraco é todo aquele que assim se considera, não desenvolvendo o esforço para
fortalecer-se.
Quando justificas o teu erro com autoflagelaçao reparadora, logo mais
retornarás a ele.
Propõe-te encarar a existência conforme é e as circunstâncias se te apresentam.
Erradica da mente as idéias que consideras impróprias, prejudiciais, conflitivas.
Substitui-as vigorosamente por outras saudáveis, equilibradas, dignificantes.
Quando não dispões de um acervo de pensamentos superiores para a reflexão,
vais colhido pelos de caráter venal, pueris, perniciosos, que se te fazem familiares,
impulsionando-te à ação correspondente.
Toda realização se inicia na mente. Desenhada no plano mental vem
materializar-se ao primeiro ensejo.
Pensa, portanto, com correção, liberando-te das ideais malsãs que
te gerarão consciência de culpa.
Sempre que errares, recomeça com o entusiasmo inicial. A dignidade, a
harmonia, o equilíbrio entre consciência e conduta têm um preço: a perseverança
no dever. Se, todavia, tiveres dificuldade em agir corretamente, em razão da atitude
viciosa  encontrar-se arraigada em ti, recorre à oração com sinceridade, e
a Consciência Divina te erguerá à paz.
[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Momentos de Saúde]


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